Ocorreu ontem no auditório Edival dos Reis a abertura oficial do III Encontro Regional do Grupo de Estudos de Linguagem do Centro-Oeste. Sediado neste ano no campus de Cáceres da Universidade do Estado de Mato Grosso, o evento que reúne pesquisadores das áreas de Linguística, Línguas e Literaturas tem como tema da edição “Linguagens na Contemporaneidade: Diálogos Multidisciplinares”. Professores, mestrandos e alunos de graduação de toda a região estiveram presentes na ocasião.
A palestra de abertura, proferida pela Doutora Denize Elena Garcia da Universidade de Brasília, foi antecedida pela fala de uma mesa de autoridades e professores que reafirmou a pertinência e relevância do encontro. A Pró-reitora de Ensino e Graduação da Unemat, Ana Di Renzo, sublinhou a potencialidade integradora da pesquisa regional possibilitada pela iniciativa. Áurea Ignácio, Pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da instituição realçou a competência dos estudos da linguagem da Unemat. “Foi essa competência que tornou viável à universidade receber um evento de tal envergadura”. A professora da Unemat Solange Maria de Barros, homenageada na noite por sua contribuição à docência superior no Estado, deu, poeticamente, boas vindas a todos os presentes lendo um texto de Moisés Martins e evocando a beleza dos ipês da cidade. Em seguida, o Coral “Vozes do Pantanal”, fruto de um projeto de extensão da universidade, realizou sua apresentação.
PALESTRA DE ABERTURA
Com o título “Discurso, Gramática e Contexto Social: Por uma rede de Multidisciplinaridade”, a fala da professora Denize da Unb enfatizou a necessidade de se estudar e ensinar a língua de modo contextual, inserido no todo social.A pesquisadora fundamentou sua palestra em linhas teóricas como a do “Realismo Crítico” e na ideia de que “a pesquisa da linguagem pode ser uma ferramenta de compreensão e alteração das desigualdades sociais”.
Denize é fundadora e conselheira honorária do Grupo de Estudos de Linguagem do Centro-Oeste. Em sua fala, fez menção ainda à possibilidade de o grupo, distante do grande eixo Rio-São Paulo, voltar-se a realidades ainda pouco exploradas, como a das línguas indígenas, auxiliando no entendimento das relações de poder em que as etnias indígenas estão colocadas.
O evento segue até amanhã com conferências, mesas-redondas, exposição de painéis e sessões de comunicação. A programação completa pode ser acessada em www.gelco.org.br .
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